segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Em tempos de GUERRA, Da PAZ, por Marcelino Freire
DA PAZ
por Marcelino Freire *
Eu não sou da paz.
Não sou mesmo não. Não sou. Paz é coisa de rico. Não visto camiseta nenhuma, não, senhor. Não solto pomba nenhuma, não, senhor. Não venha me pedir para eu chorar mais. Secou. A paz é uma desgraça.
Uma desgraça.
Carregar essa rosa. Boba na mão. Nada a ver. Vou não. Não vou fazer essa cara. Chapada. Não vou rezar. Eu é que não vou tomar a praça. Nessa multidão. A paz não resolve nada. A paz marcha. Para onde marcha? A paz fica bonita na televisão. Viu aquele ator?
Se quiser, vá você, diacho. Eu é que não vou. Atirar uma lágrima. A paz é muito organizada. Muito certinha, tadinha. A paz tem hora marcada. Vem governador participar. E prefeito. E senador. E até jogador. Vou não.
Não vou.
A paz é perda de tempo. E o tanto que eu tenho para fazer hoje. Arroz e feijão. Arroz e feijão. Sem contar a costura. Meu juízo não está bom. A paz me deixa doente. Sabe como é? Sem disposição. Sinto muito. Sinto. A paz não vai estragar o meu domingo.
A paz nunca vem aqui, no pedaço. Reparou? Fica lá. Está vendo? Um bando de gente. Dentro dessa fila demente. A paz é muito chata. A paz é uma bosta. Não fede nem cheira. A paz parece brincadeira. A paz é coisa de criança. Tá uma coisa que eu não gosto: esperança. A paz é muito falsa. A paz é uma senhora. Que nunca olhou na minha cara. Sabe a madame? A paz não mora no meu tanque. A paz é muito branca. A paz é pálida. A paz precisa de sangue.
Já disse. Não quero. Não vou a nenhum passeio. A nenhuma passeata. Não saio. Não movo uma palha. Nem morta. Nem que a paz venha aqui bater na minha porta. Eu não abro. Eu não deixo entrar. A paz está proibida. A paz só aparece nessas horas. Em que a guerra é transferida. Viu? Agora é que a cidade se organiza. Para salvar a pele de quem? A minha é que não é. Rezar nesse inferno eu já rezo. Amém. Eu é que não vou acompanhar andor de ninguém. Não vou. Não vou.
Sabe de uma coisa: eles que se lasquem. É. Eles que caminhem. A tarde inteira. Porque eu já cansei. Eu não tenho mais paciência. Não tenho. A paz parece que está rindo de mim. Reparou? Com todos os terços. Com todos os nervos. Dentes estridentes. Reparou? Vou fazer mais o quê, hein?
Hein?
Quem vai ressuscitar meu filho, o Joaquim? Eu é que não vou levar a foto do menino para ficar exibindo lá embaixo. Carregando na avenida a minha ferida. Marchar não vou, ao lado de polícia. Toda vez que vejo a foto do Joaquim, dá um nó. Uma saudade. Sabe? Uma dor na vista. Um cisco no peito. Sem fim. Ai que dor! Dor. Dor. Dor.
A minha vontade é sair gritando. Urrando. Soltando tiro. Juro. Meu Jesus! Matando todo mundo. É. Todo mundo. Eu matava, pode ter certeza. A paz é que é culpada. Sabe, não sabe?
A paz é que não deixa.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Integrante da Pata de Elefante reúne amigos: Gustavo Telles e os Escolhidos
Tá valendo muito a pena conhecer este trabalho.
Gustavo Telles, da Pata de Elefante reúne amigos e grava disco de canções de amor
Gustavo Telles, da Pata de Elefante reúne amigos e grava disco de canções de amor
Baterista da banda de rock instrumental Pata de Elefante, Gustavo Telles solta a voz e mostra suas composições em seu primeiro álbum solo. “Do seu amor, primeiro é você quem precisa “ é um disco de canções de amor, encharcado de folk rock e country rock. Em 12 músicas, o amor é abordado sob diferentes perspectivas.
Para dar às canções o que elas necessitavam, Gustavo Telles reuniu um time de amigos, o que garante o clima de celebração.
Os Escolhidos são Maurício Chaise, Jerônimo “Bocudo” Lima, Alexandre ‘Papel” Loureiro, Luciano Leães e Márcio Petracco (integrantes dos Locomotores), Daniel Mossmann e Gabriel Guedes (Pata de Elefante), Luciano Albo (Tenente Cascavel), Maurício Nader (Hard Working Band e Sinuca de Bico, Diego Garcia (ex-Trem 27) e Diego Lopes (Acústicos & Valvulados).
O disco foi gravado por Vicente
Guedes no Estúdio IAPI, em Porto Alegre, mixado e masterizado por Thomas Dreher no Estúdio Dreher e produzido por Vicente Guedes e Gustavo Telles. Beto Santos assina o design gráfico e Danilo Christidis as fotos e a concepção artística.
Quero mais
Do seu amor, primeiro é você quem precisa
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Do blog: Mulher de 30, de Cibele Santos
![[tia.jpg]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNtCoz4r9bvmrie6aO3r0axVwa4UytOszoPsDmblPMKkZb4ny-f4Fo8yRmtUSGtKD1KICr_-eCmdycyOLS49ybBCTghq9dYQnYOaKDLH7HwlRHX2viUjSwJWvJ9z-1MqtCELlIlOFT6m4/s640/tia.jpg)
Só pra não passar...
Sábado foi o dia de comemorar da FestiPoa por ter levado prêmio Fato Literário. Festa com muita gente bacana, inteligente, papos interessantes.
Mas confesso a vcs, que se tivesse que mencionar o que mais me marcou naquela noite não foram, exatamente, as estrelas da noite. O que mais me chamou a atenção foi o que todo mundo viu, mas não percebeu.
Estou me referindo à Maria Júlia.
Esta semana, fomos convidados para ir a esta festa. Até aí, ok. Mas Júlia fez mais. Tentou convidar a todos que podia para fazer uma festa surpresa. Sozinha, praticamente, organizou os convites e a decoração da festa, que estava linda e colorida. Tudo com o seu toque de bom gosto. Aliado a isso, proporcionou a todos o ponto alto da noite: um bolo, MA-RA-VI-LHO-SO.
“Júia” querida, feliz daqueles que podem receber a tua atenção, o teu carinho, o teu cuidado. Sou agraciada com tua amizade.
É por essas e outras, “Júia”, que pra mim, a personagem da noite foi vc. Por isso, eu só tenho uma coisa pra dizer: MUITO OBRIGADA.
MUITO OBRIGADA por ter tornado nossa noite tão bonita.
MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA X ESPAÇO PÚBLICO
As pessoas tem comentado nas rodas de artistas e redes sociais sobre o "absurdo" que é a polícia abordar um artista que resolve fazer apresentação no espaço público, sem qualquer tipo de combinação prévia, num "repente criativo" independente da opinião de quem já esteja ocupando o mesmo espaço público e tenho algumas considerações sobre o assunto que não acompanham o sentimento de injustiça da maioria dos artistas e público tem do assunto. Justifico o porquê:
Vamos pensar diferente então...
Uma Cooperativa de Artistas Iniciantes, se organizaram e vão fazer uma galeria ao ar livre, na esquina democrática. Puxaram dos próprios bolsos dinheiro pra pagar o imposto de uso do espaço, preencheram toda a papelada pra poder fazer sua galeria bem em frente á Prefeitura, ou na frente da rodoviária, estão felizes lá, depois de muito esforço, mostrando sua arte...no meio da mostra, derepente um político ou um vendedor de livros sobe num caixote e começa a gritar poesias pra vender seu livro ou declamar uma lista de feitos políticos que beneficiaram comunidades...um "vendendo" cultura e o outro mostrando serviço...o público que estava visitando a galeria dos artistas cooperativados (e garanto que vários já estavam vendendo quadros ou desenhos), pára de prestar atenção aos artistas e ficam vendo o político vendedor de livros em cima do caixote. Junta um super público - ou porque o livro de poesias é bom ou porque o político parece honesto - tanta gente que o público começa a esbarrar nos quadros dos artistas expostos na praça, um quadro cai no chão... alguns se apoiam nas estruturas da galeria com ameaça de danificá-la...
E agora...vocês acham que isso é natural...ninguém vai se opor ao vendedor de livros ou ao político que surgiu do nada e está tumultuando a feira dos artistas?
E agora...optam pela liberdade de expressão ou pela boa convivência e respeito mútuo?
Se uma das partes não conhece limites e não usa bom senso, seja quem for, manifestação cultural ou não, deve lembrar-se que está em sociedade...liberdade de expressão não deve ser confundido com falta de educação ou falta de respeito ao convívio alheio
Logo, desconfio muito nestes casos de "coitadinhos dos artistas" ou "...olha só que absurdo chamar a polícia para recolher o artista" (e às vezes a polícia só está pedindo informações ou solicitando que o artista cumpra regras de convívio social, mas nos jornais e internet a polícia é mostrada como vilão implacável... também duvido muito dessa "vilania')
É muito fácil se indignar com esse tipo de tolhimento de liberdade, porque é panfletária e romântica, mas na hora de formar realmente um movimento organizado de protesto, onde estão os artistas? Fazer bagunça, qualquer um faz, mas contribuir efetivamente para uma ação que construa junto à sociedade, isso sim é arte e disso tenho visto bem pouco...o que mais vejo é guerra de egos, gente que se torna celebridade a partir deste tipo de notícia de artista coitadinho...pessoalmente, vejo nisso muito mais marketing pessoal do que arte...e se a idéia era mídia espontânea com certeza eles conseguem e bastante né mesmo?!...mais fácil que pagar agência de propaganda pra construir viral...
Aliás, nós artistas deveríamos nos preocupar é com o que existe por trás de uma notícia destas que expõe a classe de artistas como arruaceiros e nos faz perder credibilidade junto à sociedade...nesse ponto, quando tivermos um projeto direitinho de ocupação de espaço público e formos na prefeitura ou num patrocinador pedir apoio, o que eles vão se lembrar é que somos uns doidos que ficam fazendo baderna pela rua e dai, vupt, não ganhamos patrocínio nem apoio...
Lindo essa liberdade né?! Fazemos o que queremos e onde quisermos e teremos justa retribuição social daqueles a quem não respeitamos e passamos por cima com nossa liberdade artística...
Liberdade de expressão pra mim não é isso e lamento muito o deserviço que estes artistas equivocados fazem pra sociedade e pra própria classe...
Mas enfim...isso é só uma opinião de quem está na luta junto com todos os artistas e por isso mesmo temo por "esse tipo de manifestação artística" e se for por optar por lutar por algo, acho que os artistas devem se mobilizar sim, e muito, a começar por fazer valer sua existência como grupo organizado e articulado com a sociedade e não atropelando-a.
Boas sortes pra nós
Gaby Benedyct
Artista e Agente Cultural
Este texto acima é de autoria da artista Gaby Benedyct. É uma reflexão sobre fato recente, o qual eu concordo plenamente com sua exposição. Para tanto, pedi sua autorização para publicá-lo. Gaby, gentilmente cedeu.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Do Blog: Mulher de 30, da Cibele Santos
De Passo Fundo à Portugal - Cachorro Grande na Terrinha
Não!!!! Pausa!!! Quase me matei rindo!!!! Direto de Passo Fundo para Portugal. Este portuguesinho fez uma versão para música Sinceramente, da Cachorro Grande.
Tutti Giorni: o ar da graça, às terças, em nenhum jornal...
Só não ri quem não quer!!!! O maior número de cartunistas por metro quadrado pode ser encontrado às terças-feiras à noite sobre o Viaduto Otávio Rocha, no centro de Porto Alegre, patrimônio histórico da cidade.
É lá que os integrantes da Grafar – Associação dos Artistas Gráficos – encontra-se para compartilhar de-senhos, charges, cartuns, tiras, publicações e todo o universo dos personagens...
Rango, Macanudo, Taurino, Alemão Batata, Aline, Tapejara, Menino Maluquinho, Mineirinho Come Quieto, e tantos outros, são gente da casa. Familiares. E todas as suas idiossincrasias. Trocadilhos! Cuidado, são como minas. Explodem em qualquer conversa!!!! Neste discreto local, se pode encontrar com toda a simplicidade e proximidade os cartunistas mais premiados de todo o mundo. Como o Edgar Vasquez, Santiago, Bier, Moa, Uberti, Eugênio Neves – a ave que não ousa dizer o seu nome – , Hals, Lousada, Leandro Dóro, Kayser, Simch, Mau-mau, Pedro Alice, Silvio S, Juska, Vecente... Eventualmente chegam visitas surpresa como o Ziraldo, o Luis Fernando Verissimo, Canini... Vai te acostumando... Esse povo gosta da graça...
E a nova geração está em casa nesse ambiente onde ver os mestres, mostrar os trabalhos é tarefa semanal, num encontro de fraterno traço. Estão ali jovens talentos como a Rodrigo Rosa, Chiquinha, o Guilherme, Pomba...
Os que estão fora do pago, tentam vir à capital: se possível, às terças-feiras, como o alemão Guazelli, Adão Iturrusgaray... Os que migraram por possibilidade de trabalho melhor remunerado e algum reconhecimento... Ou muda-se a data para a segunda-feira... se o Zira vem, o Ziraldo. Se estiver por aí, reserva a agenda, apaixonado por esta gente e este espaço de encantamento.
Alguns sotaques ilustram o ambiente, como o uruguaio Ruben, o argentino Bendati que faleceu em 2008, mas que bordava de graça e densidade suas aparecências na noite do Tutti Giorni, esse bar que faz uma história de fraterna resistência no árido universo da modernidade asséptica.
Ali não! O bar é forrado de personagens... temperados. Caricaturas ilustram as paredes do bar do Nani, o mais desenhado de todos. Esse gringo bonachão, mais que barman, dono, cantor sazonal, é uma ilustração à parte... Vale a pena conhecê-lo: servindo o almoço popular diário, onde estão todos, todos os personagens humanizados na ponta de cada desenho...
É de vida que se faz a arte. Se você chegar, forasteiro, e perguntar algo, como: tem vinho, coca-cola, cardápio... “Tem! Mas tá em falta”, responderá o risonho anfitrião, que recebe a turma com a maior graça e seu valioso bolinho de batata, o melhor do Viaduto, segundo ele mesmo. A alta temperatura da cerveja e algumas ausências no cardápio apenas ilustram este ambiente lúdico, onde a arte e o riso se encontram com toda a familiaridade. A chef Aline Riga vem dar uma folga ao Nani e traz o requinte de suas inusitadas receitas, para o deleite dos amigos e as surpresas do cardápio.
Meninas: cuidado, a metralhadora gira-tória está ligadaEste povo gosta de beleza!!!! É nesse ambiente que fervilham piadas, trocadilhos, perguntas de duplo sentido, entremeadas por gargalhadas e sérias análises da conjuntura da política nacional e mundial.
Saltam publicações como o Le Monde Diplomatique com ilustrações dos presentes, o último prêmio Açorianos, O Assai Chimbum, o Salão do Desenho de Imprensa, o Extra Classe, como resistência editorial de espaço local, o último livro correndo de mão em mão em solidárias compras. Circula a fervilhante criação de cada um, ao vivo, no manuscrito caderno, que é de todos. E o escasso mercado editorial gaúcho, de tão evidente, já deixou de ser pauta há muito tempo. Não é riso. Tragédia e cegueira é notícia velha neste inquieto público. No celeiro do talento, do riso, da tirada inteligente, os cartunistas do Sul seguem fazendo história com seu traço, sacando a tradução do cotidiano em desenhos. A resistência se encontra às terças. Não perca. Não está em nenhum diário local!!!! Esta é a notícia.
É lá que os integrantes da Grafar – Associação dos Artistas Gráficos – encontra-se para compartilhar de-senhos, charges, cartuns, tiras, publicações e todo o universo dos personagens...
Rango, Macanudo, Taurino, Alemão Batata, Aline, Tapejara, Menino Maluquinho, Mineirinho Come Quieto, e tantos outros, são gente da casa. Familiares. E todas as suas idiossincrasias. Trocadilhos! Cuidado, são como minas. Explodem em qualquer conversa!!!! Neste discreto local, se pode encontrar com toda a simplicidade e proximidade os cartunistas mais premiados de todo o mundo. Como o Edgar Vasquez, Santiago, Bier, Moa, Uberti, Eugênio Neves – a ave que não ousa dizer o seu nome – , Hals, Lousada, Leandro Dóro, Kayser, Simch, Mau-mau, Pedro Alice, Silvio S, Juska, Vecente... Eventualmente chegam visitas surpresa como o Ziraldo, o Luis Fernando Verissimo, Canini... Vai te acostumando... Esse povo gosta da graça...
E a nova geração está em casa nesse ambiente onde ver os mestres, mostrar os trabalhos é tarefa semanal, num encontro de fraterno traço. Estão ali jovens talentos como a Rodrigo Rosa, Chiquinha, o Guilherme, Pomba...
Os que estão fora do pago, tentam vir à capital: se possível, às terças-feiras, como o alemão Guazelli, Adão Iturrusgaray... Os que migraram por possibilidade de trabalho melhor remunerado e algum reconhecimento... Ou muda-se a data para a segunda-feira... se o Zira vem, o Ziraldo. Se estiver por aí, reserva a agenda, apaixonado por esta gente e este espaço de encantamento.
Alguns sotaques ilustram o ambiente, como o uruguaio Ruben, o argentino Bendati que faleceu em 2008, mas que bordava de graça e densidade suas aparecências na noite do Tutti Giorni, esse bar que faz uma história de fraterna resistência no árido universo da modernidade asséptica.
Ali não! O bar é forrado de personagens... temperados. Caricaturas ilustram as paredes do bar do Nani, o mais desenhado de todos. Esse gringo bonachão, mais que barman, dono, cantor sazonal, é uma ilustração à parte... Vale a pena conhecê-lo: servindo o almoço popular diário, onde estão todos, todos os personagens humanizados na ponta de cada desenho...
É de vida que se faz a arte. Se você chegar, forasteiro, e perguntar algo, como: tem vinho, coca-cola, cardápio... “Tem! Mas tá em falta”, responderá o risonho anfitrião, que recebe a turma com a maior graça e seu valioso bolinho de batata, o melhor do Viaduto, segundo ele mesmo. A alta temperatura da cerveja e algumas ausências no cardápio apenas ilustram este ambiente lúdico, onde a arte e o riso se encontram com toda a familiaridade. A chef Aline Riga vem dar uma folga ao Nani e traz o requinte de suas inusitadas receitas, para o deleite dos amigos e as surpresas do cardápio.
Meninas: cuidado, a metralhadora gira-tória está ligadaEste povo gosta de beleza!!!! É nesse ambiente que fervilham piadas, trocadilhos, perguntas de duplo sentido, entremeadas por gargalhadas e sérias análises da conjuntura da política nacional e mundial.
Saltam publicações como o Le Monde Diplomatique com ilustrações dos presentes, o último prêmio Açorianos, O Assai Chimbum, o Salão do Desenho de Imprensa, o Extra Classe, como resistência editorial de espaço local, o último livro correndo de mão em mão em solidárias compras. Circula a fervilhante criação de cada um, ao vivo, no manuscrito caderno, que é de todos. E o escasso mercado editorial gaúcho, de tão evidente, já deixou de ser pauta há muito tempo. Não é riso. Tragédia e cegueira é notícia velha neste inquieto público. No celeiro do talento, do riso, da tirada inteligente, os cartunistas do Sul seguem fazendo história com seu traço, sacando a tradução do cotidiano em desenhos. A resistência se encontra às terças. Não perca. Não está em nenhum diário local!!!! Esta é a notícia.
Matéria de Maristela Pastore*
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Festipoa Literária vence o Prêmio Fato Literário 2010
Foi com muita alegria e vibração que recebemos a notícia de que Fernando Ramos foi um dos vencedores do Fato Literário de 2010.
Muito justo!!! Um batalhador. É dele e, somente dele. Começou a organizar a FestiPoa Literária em 2008. Na época, já era dele o Jornal Vaia. Publicação voltada para a literatura e a arte.
Além da Festipoa, Aldyr Schlee e a Ong Cirandar também venceram, pelo júri oficial.
O que é o Prêmio Fato Literário:
O Prêmio Fato Literário, uma iniciativa do Grupo RBS com apoio da Caixa Econômica Federal, acontece anualmente desde 2003, ao término da Feira do Livro de Porto Alegre.
Quando foi:
A premiação deste ano ocorreu nesta segunda-feira, 15 de Novembro, às 18h, no Clube do Comércio, em Porto Alegre
Premiação:
O escolhido por votação popular recebeu o prêmio de R$ 10 mil e cada um dos escolhidos pelo júri oficial recebeu R$ 20 mil.
FestiPoa Literária:
Vencedor da categoria júri popular, a Festipoa Literária é uma série de conferências, leituras, palestras, saraus e espetáculos artísticos gratuitos que homenageia anualmente um nome da literatura do Estado. Coordenador do projeto, Fernando Ramos, se mostrou surpreso com a expressiva votação:
— É um reconhecimento, óbvio, a um trabalho que está apenas começando. Ganhar o voto popular foi inusitado porque nem me dediquei a fazer camapnha. Fui um anticandidato, mas o reconhecimento da comunidade intelectual pode ter gerado uma corrente de simpatia e apoio que levou as pessoas a votar e a divulgar por conta própria — afirmou.
O que significa:
O prêmio presta reconhecimento e premia a instituição, personalidade, obra ou evento que, por sua qualidade e relevância, tenha se destacado e marcado fortemente o cenário da literatura no Rio Grande do Sul.
Composição de Júri:
A cada edição os premiados são escolhidos por um júri oficial (formado por escritores, jornalistas, representantes de entidades ligadas ao meio literário e membros da comunidade cultural gaúcha) e pelo júri popular (comunidade em geral), por cupons e internet.
A votação popular ocorreu no estande do Grupo RBS, na Feira do Livro de Porto Alegre, de 29 de outubro a 11 de novembro. Pelo site, a votação aconteceu do dia 25 de outubro às 23h59min do dia 11 de novembro.
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quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Frases Comuns - Blog Mulher de 30

Saudades da Mana Nona
Muito andamos em todos estes locais, diariamente. Conversamos muito, como há muitos anos não fazíamos. Minha grande amiga e querida irmã, Nona. Saudades tuas.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Julieta Venegas - Seria Feliz
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
Aniversário com Cerveja Artesanal
Ontem, conheci o Lagom Brewpub em ocasião do aniversário de um grande amigo: Sérgio Tomasini. A festa estava ótima. Repleta de amigos e gente legal e com papos interessantes. Destaque também, nesta noite, para Andrea, um italiano "perdido" na "terrinha". Pude relembrar meu italiano, deixado de lado há muito.
Voltando a questão da escolha do local, sempre à busca lugares novos e interessantes, Sérgio e Lú optaram pelo Lagom por se tratar de um pub com cervejas artesanais.
A proposta do Lagom é bem simples: foco nas cervejas e no atendimento. O bar serve 8 estilos de fabricação própria e 4 de cervejas convidadas, dando sempre prioridade para estilos que não se repitam ou se aproximem muito, além de incentivar as microcervejarias regionais. Em relação à cozinha, o Lagom terá um cardápio pequeno. Confesso que fiquei um pouco decepcionada. Não pela qualidade dos pratos servidos. Mas pela quantidade de opções. Mas, como a proposta principal é a cerveja, propriamente dita, está tudo bem.
Um dos objetivos do Lagom é a difusão da cerveja artesanal e o incentivo do hobby de se fazer cerveja em casa. Também serão produzidas cervejas sazonais a fim de contemplar cada época do ano.
O endereço do Lagom, para quem se interessar é:
Endereço: Bento Figueiredo, 72 –
Bom Fim – Porto Alegre/RS
Telefone: 51 3062.5045Horário: de terça à sábado das 18h30min às 23h.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Sarau do Bertoldo - Dia 03 de Novembro
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Show
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
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